Da
Imaginação à Realidade
Tinha
o Titanic o seu destino traçado?
Futility.
Futilidade. Este era o título da novela de Morgan Robertson, escrita em 1898.
Sua
novela contava a história de um navio luxuosíssimo, o TITAN. O navio e seus
passageiros ricos e
poderosos
jamais chegou ao seu destino. Catorze anos depois, ficção e realidade se
encontrariam, na viagem
inaugural
do TITANIC. Dia 10 de Abril de 1912. Milhares de pessoas ricas e poderosas
viajavam no TITANIC,
um
gigantesco transatlântico de 47 mil toneladas. Iniciou-se assim uma fantástica
série de coincidências.
Ambos
os navios foram os mais grandiosos de todos os tempos. Ambos foram considerados
insubmersíveis.
Ambos
levavam o mesmo número de passageiros (em torno de 3 mil). Ambos tinham o mesmo
tamanho, atingiam
a
mesma velocidade e possuiam a mesma capacidade. Ambos se chocaram contra um
gigantesco iceberg
exatamente
no mesmo ponto ao norte do Oceano Atlântico. Ambos tiveram o casco rasgado e
afundaram.
Ambos
não possuiam botes salva-vidas suficientes para acomodar a todos os passageiros
e tripulantes. Em
ambas
as tragédias perderam-se inúmeras vidas. No desastre do TITANIC, 1513 pessoas
morreram. Cerca de 6
anos
antes ainda de Robertson publicar sua novela, o famoso jornalista W.T. Stead
publicou um conto que
também
previa o desastre de forma assustadora. Em 1912, Stead morreu. Causa da morte:
estava à bordo do
Titanic
e não conseguiu salvar-se.
Essas
macabras coincidências não puderam salvar as vítimas do TITANIC. Mas 23 anos
depois, a lembrança
desses
fatos salvou outro navio do infortúnio. Corria o ano de 1935. Mês: Abril. Um
navio de carga rumava de
Tyneside
para o Canadá. Em sua proa, o jovem marinheiro Willian Reeves fazia sua vigília.
Seu turno terminaria à
meia-noite,
a mesma hora em que o TITANIC batera no iceberg. O mar estava tão calmo como na
noite da
tragédia.
Reeves nada podia ver de ameaçador ou perigoso, apesar de seu espírito
permanecer conturbado,
diante
da situação. Não haveria desculpa para soar um alarme naquele momento, por
maior que fosse seu horror.
Num
repente, lembrou-se da data do naufrágio: 10 de Abril de 1912. Foi o dia do seu
nascimento. O pavor tomou
conta
do seu ser e ele gritou um alarme desesperado. O timoneiro fez ré a toda
velocidade, fazendo com que o
navio
parasse a poucos metros de um gigantesco iceberg que surgia da apavorante
escuridão. Cercado por
gigantescos
blocos de gelo, o cargueiro ficou preso durante 9 dias, até que navios
quebra-gelo viessem em seu
socorro.
Assim foi salvo da tragédia o cargueiro chamado TITANIAN...